ATA DA PRIMEIRAOCTOGÉSIMA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRASEXTA SESSÃO
LEGISLATIVA EXTRAORDINÁRIA DA DÉCIMA LEGISLATURA, EM 1323.-061.-19910.
Aos vinte e três treze dias do mês dias do mês de janeiro de junho do ano de mil mil novecentos e noventa e um, reuniu-se, na Sala
de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre, em sua
PrimeiraOctogésima Sessão Ordinária da Terceira Sexta Sessão
Legislativa ExtraoOrdinária da Décima Legislatura. Às quatorze horas
e quinze minutos, quatorze horas e quinze minutos, constatada a existência de “quorum”, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que fossem distribuídas em avulsos cópias da Ata da Septuagésima Nona Sessão Ordinária, que foi aprovada. À MESA, foram encaminhados: pelo Vereador Cyro Martini, 02 Pedidos de Providências e 01 Indicação; pelo Vereador Décio Schauren, 01 Projeto de Lei Complementar
do Legislativo de nº 31/91 (Processo nº 1540/91); pelo Vereador Edi Moirelli,
01 Projeto de Lei do Legislativo nº 120/91 (Processo nº 1571/91); pelo Vereador Ervino Besson, 03 Pedidos de Providências; pelo Vereador Vicente
Dutra, 01 Projeto de Lei do Legislativo
de nº 122/91 (Processo nº 1579/91); pelo Vereador Wilson Santos, 02 Pedidos de
Informações; pelo Vereador Wilton Araújo,
04 Pedidos de Providências e 01 Projeto de Lei do Legislativo nº 119/91 (Processo nº 1561/91). Do EXPEDIENTE,
constou o Ofício-Circular nº 11/91, da Câmara Municipal de Guarantã do Norte. Na oportunidade, o Senhor Presidente
respondeu a Questão de Ordem do Vereador
José Valdir, relativamente ao conteúdo do material do
Expediente desta Sessão. Em continuidade, o Senhor Presidente anunciou que
compunham a Mesa dos trabalhos desta Sessão
a Senhora Doutora Maria Luíza Jaeger, Secretária
Municipal da Saúde e Serviço Ssocial,
e o Vereador Domívio Libéelio
da Silva, Presidente da Câmara Municipal de Campo Bom. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Edi
Morelli manifestou sua preocupação face
à falta de segurança nas escolas, apontandoou
incidente envolvendo estudantes em escola do Município de Cachoeirinha e auguardando que o Senhor Governador do
Estado promova o
retorno de policiais militares que se encontram em desvio de função. Após, foi
aprovado Requerimento do Vereador José Alvarenga, solicitando Licença para
Tratar de Interesses Particulares no dia de hoje. Em ato contínuo, o Senhor
Presidente declarou empossado na Vereança o Suplente Antonio Losada e,
informado que S.ua Excelência já prestara compromisso nesta Legislatura, em razão do
que ficava dispensado de repetí-lo, comunicou que passaria a integrar a Comissão de Economia e Defesa do
Consumidor. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador João Dib reportou-se sobre
declarações à imprensa do Senhor Secretário Municipal da Fazenda, relativamente
à participação deste
Legislativo em Comissão do Executivo Municipal que trata a respeito do Imposto
Predial e Territorial Urbano. Reiterou solicitação nesteno sentido de seja oferecida resposta a Pedido de
Informações, de sua autoria, acerca do número de servidores beneficiados pelo artigo 111 da
Lei Complementar nº 133. E manifestou-se sobre a observância do artigo 125, § 4º, da Lei Orgânica, pelo
Executivo Municipal. O Vereador Wilson Santos comunicou que o Senhor Juiz de Direito da Quarta Vara da
Fazenda Pública deferiu petição promovida por Sua Excelência e determinou ao Senhor Prefeito Municipal que proceda ao pagamento de resíduo
de reajustes salariais ao funcionalismo municipal. E respondeu a críiticas
formuladas pelo Senhor Prefeito
Municipal, relativas à mencionada medida judicial. O Vereador Nereu
D’Ávila manifestou sua preocupação diante de estudos desenvolvidos pelo Executivo
Municipal, relativos à nova sistemática de cálculo doe
Imposto Predial e
Territorial Urbano. E contraditou justificativas
apresentadas pelo Senhor Secretário da Fazenda para implantação desse novo
sistema. O Vereador
Artur Zanella, reportando-se ao pronunciamento, de hoje, do Vereador Nereu D’Ávila, esclareceu a
participação desta
Casa quando da votação da matéria atinente ao Imposto Predial e Territorial
Urbano. Comentou
manifestações de Vereadores pertencentes à Bancada do Partido dos Trabalhadores
quando da intervenção do Executivo
Municipal em empresas de transportes coletivos e as cotejou com anúncios do Senhor Secretário
Municipal dos Transportes de que as empresas Trevo e Teresópolis- Cavalhada
explorarão novas linhas de ônibus. O Vereador Airto Ferronato anunciou que
votará contra futuras propostas orçamentárias e de aumentos de tributos do
Executivo Municipal se este não lhe
informar sobre reajustes do Imposto Predial e Territorial Urbano havidos em
exercícios anteriores. A seguir, o
Senhor Presidente respondeu Questões de Ordem formuladas pelos Vereadores Artur Zanella,
Ervino Besson e Wilson Santos, sobre o
acúmulo de reuniões na tarde de hoje, a oportunidade de intervenções plenárias quando da presença de autoridades convocadas a
comparecer à Casa e a realizações de período de Comunicações nesta Sessão,
respectivamente. Em continuidade, o Senhor Presidente comunicou que à Mesa encontravam-se as
Senhoras Doutora Maria Luíza Jaeger, Secretária Municipal da Saúde e Serviço Social, e Maria Ceci
Mizoski, Coordenadora do Sistema de Informações Ambulatoriais, a primeira em atendimento a Requerimento de autoria
do Vereador Giovani Gregol (Processo nº
1320/91) para prestar informações solicitadas sobre os critérios adotados pelo
Executivo Municipal e CIMS, com relação ao Sistema de Informações Ambulatoriais -– SIAAI/SUS.
Após, o Senhor Presidente concedeu a
palavra às Senhoras Doutoras Maria Luíza Jaeger e Maria Ceci Mizoski, que se sucederam em exposições sobre o tema
objeto da convocação e, após,
responderam questões formuladas pelos Vereadores Giovani Gregol e Adroaldo
Correa.
Às quinze horas e quarentea ae um minutos, nada maias
havendo a tratar, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, e convocou os
Senhores Vereadores para a Sessão
Ordinária de amanhã, à hora regimental, informando sobre a realização de Sessão Solene, hoje, às dezessete horas. foi realizada a segunda chamada, sendo respondida
pelos Vereadores Adroaldo Corrêa, Airto Ferronato, Antonio Hohlfeldt, Artur
Zanella, Clóvis Brum, Cyro Martini, Décio Schauren, Dilamar Machado, Edi
Morelli, Elói Guimarães, Ervino Besson, Gert Schinke, Giovani Gregol, Isaac
Ainhorn, Jaques Machado, João Dib, João Motta, José Valdir, José Alvarenga,
Lauro Hagemann, Leão Medeiros, Letícia Arruda, Luiz Braz, Luiz Machado, Mano
José, Nelson Castan, Omar Ferri, Valdir Fraga, Vicente Dutra, Wilson Santos,
Vieira da Cunha, Wilton Araújo e Antonio Losada. Constatada a existência de
“quorum”, o Sr. Presidente declarou abertos os trabalhos e determinou que fosse
distribuídas em, avulsos cópias das Atas da Sessão de Instalação, da Primeira,
Segunda, Terceira e Quinta Sessões Extraordinárias e da Ata Declaratória da
Quarta Sessão Extraordinária, que foram aprovadas. A seguir foi iniciada a
ORDEM DO DIA. Em discussão Geral e Votação Secreta foi aprovado o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 25/89, considerando rejeitado o Veto Total a
ele aposto, por vinte e três votos SIM contra cinco votos NÃO e dois em BRANCO,
após ter sido encaminhado à votação pelos Vereadores Luiz Braz, Vicente Dutra e
Clóvis Brum, tendo sido escrutinadores os Vereadores Wilton Araújo e Antonio
Hohlfeldt. Em Discussão Geral e Votação Secreta esteve o Veto Total ao Projeto
de Lei do Legislativo nº 166/89 que, após ter sido discutidos pelos Vereadores
Isaac Ainhorn, Elói Guimarães, Antonio Hohlfeldt, João Motta, Clóvis Brum,
Wilson Santos, José Alvarenga e Dilamar Machado, teve adiada sua discussão e
votação por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, do Ver. João Motta,
encaminhando à votação pelo Vereadores João Dib, Clóvis Brum, Luiz Braz, Vieira
da Cunha, Omar Ferri e João Motta. Em discussão
Geral e Votação Secreta foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 07/89,
por trinta e dois votos SIM. Durante os trabalhos, foram apregoados os Ofícios
nºs 65, 68 e 69, do Sr. Prefeito Municipal, solicitando que sejam devolvidos ao
Executivo, respectivamente, o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 01/90
e os Projetos de Lei do Executivo nºs 06 e 05/90. Ainda, foi aprovado
Requerimento do Ver. Valdir Fraga, solicitando que o Projeto de Lei do
Legislativo nº 07/90 seja dispensado de distribuição em avulsos e interstício
para sua Redação Final, considerando-a aprovada nesta data. Nada mais havendo a
tratar, o Sr. Presidente declarou encerrados os trabalhos da
Sexta Sessão Legislativa Extraordinária às dezessete horas, convocando os
Senhores Vereadores para a Sessão Extraordinária da Câmara Constituinte a ser
realizada amanhã, às nove horas e trinta minutos. Os trabalhos
foram presididos pelos Vereadores Airto Ferronato,
Omar Ferri Valdir Fragae Leão de Medeiros, e s e Secretariadoss peloss Vereadoreses Lauro Hagemann Leão de Medeiros e Wilson Santos. e Jaques Machado, este como
Secretário “ad hoc”. Do que eu, Lauro Hagemann 1º SecretárioDo que eu Leão de Medeiros, 1º Secretário, , determinei
fosse lavrada a presente Ata que, após lida e aprovada, será assinada peloor todos os Senhores Presidente e por mim Vereadores presentes.
O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato às 15h15min): Valdir Fraga): Havendo “quorum”, declaro abertos os trabalhos da presente Sessão.
O SR JOSÉ VALDIR (Questão de Ordem): Esste
Ofício da Câmara Municipal de
Guarantã do Norte, encaminhando Moção de Rrepúdio
ao jJornal Zero Hora por matéria publicada no
referido jornal,
q. Queria
saber qual a matéria, é possível?
O SR. PRESIDENTE: Ver. José Valdir, responderemos ainda no decorrer da Sessão. Informamos que estáa
presente, e faz parte da Mesa,
a Drª Maria Luíza Jaeger, que vem
prestar declarações sobre os critérios adotados pelo Executivo e CIMS’s
com relação ao Sistema de Informações
Ambulatoriais SIA/SUS, a Requerimento do Ver. Giovani Gregol, conforme Processo nº 13210/91.
Desejamos registrar, também, a presença do Ver.
Domívcio Libérrio
da Silva, M.D. Presidente da Câmara de Campo Bom, e que também faz parte da Mesa.
Liderança com o PTB. A palavra,
com o Ver. Edi Morelli.
O SR. EDI MORELLI: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, nos preocupa, cada
vez mais, a falta de segurança nas escolas. Trago o triste, o lamentável acontecimento, que bem
demonstra a falta de segurança, que se desenrolou ontem, às vinte e duas 22 horas, quando um aluno de uma escola, localizada
no Município de Cachoeirinha,
vai para a sala de aula,
armado com revólver, briga com a namorada -–
justamente no dia dos namorados -–, sai para a rua, tira o revólver da cintura e começa a
dar tiros a esmo. Um jovem casado há dois
meses, e que completaria
vinte e um 21 anos no próximo dia 25, que esperava sua esposa,
como fazia todos os dias, é atingido mortalmente por um desses tiros. Fica, então, a preocupação sença da falta de segurança nas escolas. Professores da
citada escola, que é eEscola
eEstadual de 1º e 2º gGraus, diziam-nos, hoje,
pela manhã, que deverão suspender as aulas por falta de segurança e por sofrerem ameaças de
marginais. Este é o triste quadro da falta de segurança para todos nós, principalmente nas escolas.
DeA bom
grado ouvi uma reportagem do Sr.
Governador do Estado, dizendo que vai entrar também no seio da Brigada Militar,
porque há muitos brigadianos deslocados de suas funções, inclusive dentro do próprio
Palácio Piratini. Policial Militar é para fazer policiamento. Queiria
a Deus que o Governador do
Estado, Dr. Alceu Collares, consiga o remanejamenamentoto desses pPoliciais
mMilitares que estão fora de funções; que eles retornem para suas
funções de origem. E como o Secretário de Segurança doe
Estado é um militar, pertence à Brigada Militar, a coisa talvez não fique tão difícil como está sendo difícil o
remanejo dos pProfessores fora das salas de aulas , para
dentro das salas de aula, porque há crianças que não tiveram cinco minutos de aula
este ano em função da greve. Término da
greve, falta de professores. Este é o
lamentável quadro que vive a educação no
nosso Estado nos dias de hoje: principalmentefalta de professores e,
principalmente, falta de segurança, não só para os alunos como também para os professores. Queira a
Deus que a coisa não fique apenas na intenção do Sr.
Governador do Estado de levar os PMs que estão deslocados de suas funções para suas funções de origem, ou seja, o policiamento. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra,
o Ver. João Dib.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o Ver. João Verle,
ontem, na iImprensa escrita, dizia que a Câmara fazia parte da cComissão
que estudou o IPTU para aumentar. E eu até formulei, em Questão de Ordem, uma
pergunta ao Presidente da Câmara, que me disse que a Câmara não fazia parte da cComissão. C, como
do resto qualquer Vereador sabe,
mas eu só queria que a Mesa respondesse, que nenhum Vereador pode pertencer a uma cComissão
do Executivo, e. E, ontem à tarde, eu ouvi o Secretário, Ver. João
Verle, na rRádio
Bandeirantes, dizendo que a Câmara estava
representada nesta Comissão que está
aumentando o IPTU, e. E eu, então, interferi no programa, e ele me disse que um aAssessor
da Comissão de Finanças estava lá. Então, não é a Câmara que está representada, a. A Câmara se
representa por um dos seus trinta e três 33 Vereadores,
mas nunca por um servidor, por mais titularidade que ele tenha. Então, eu gostaria que o Secretário, Ver. João
Verle, soubesse
o que éa Lei
Orgânica e o Regimento Interno e,
os usasse devidamente, para depois não dizer
para a população que nós aprovamos o
IPTU. E até como já disse a Procuradoria do Município, que nós aprovamos um
Decreto do Prefeito aqui nesta Casa.
Vou reiterar a minha
reclamação em razão de um Pedido de Informação que eu fiz e que se excederam
todos os prazos e até agora não houve uma
resposta. Eu quero
saber quantas pessoas recebem gratificação pelo art.igo
111 do Estatuto do Funcionário Municipal,
lá pelo Gabinete do Prefeito. Já se passaram trinta30
dias, mais quinze15 e mais quinze15
ainda. Então, espero que, na próxima semana, eu tenha resposta do Sr. Prefeito, na forma da
Lei Orgânica.
Mas também não vou só criticar, vou cumprimentar a
Administração Popular. OAo art. igo 125
da Lei Orgânica, no
seu §parágrafo 4º, diz que não se pode, na divulgação dos
eventos, acontecimentos da Prefeitura prefeiturais, ou
da Câmara, fazer colocação de nomes. E eu
tinha recebido várias vezes convites da Administração Popular com os nomes dos Vereadores do PT. E ontem se inaugurou uma pPraça
próxima à Câmara, iniciativa de um Vereador do PDS, Ver. João Antonio
Dib, e parece que a Popular aprendeu que não se coloca, na
forma do art.igo 125, § parágrafo 4º, o nome do autor da lLei e, nem
se promove o Prefeito. O Prefeito Municipal fez um convite, não diz quem é o
autor da lLei, isto é
correto, não imprime cartazes dizendo quem é o autor da lLei,
não faz convites dizendo quem é o autor da lLei.
Mas eu espero que eu possa voltar a estsa
tribuna e elogiar novamente, pois quando
alguém da Popular ou ligado a ela fiazer
qualquer promoção, se sair o nome, vai ter incomodação. Eu fiquei muito contente, porque eu gosto da Lei
Orgânica. Ontem eu vibrei, pois a coisa foi muito bem feita, lá estavam o Prefeito, seus aAssessores,
seus sSecretários, carro de som, muito bonito. Uma solenidade muito bonita, onde
eeu representei a Câmara Municipal, e
fiquei contente. Meus cumprimentos à Administração Popular. E, e
espero que eu possa voltar aà esta tribuna,
para elogiar novamente, porque se eu encontrar, numa próxima oportunidade, a promoção de um nome,
eu vou usar a Lei Orgânica, art.igo
125, §parágrafo 4º. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Liderança com o PL. Com a palavra, o Ver. Wilson
Santos.
O SR. WILSON SANTOS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, o Exmºº Juiz de Direito, Titular da 4º Vara da Fazenda Pública, Dr. Nelson Monteiro
Pacheco, despachou favoravelmente a Notificação Judicial,
assinada por este Vereador, contra o Sr. Prefeito Municipal, . Notificação
que diz: (Lê.)
“Notificar: decorridas quarenta e oitoos 48
horas após o regular cumprimento do mMandadto,
devolver ao requerente mediante recibo e independente de translar”. O que significa que: o
Município, ao ser notificado pelo Ooficial
de Justiça, terá um prazo de quinze15 dias para pagar o resíduo de abril de 1990 à classe municipária. Deve ao funcionalismo. Esste
resíduo, de acordo com a Lei nº 6.679, deveria ser pago em janeiro de 1991. Caso o Prefeito Olívio
Dutra não pague o que deve, será proposta a ação de cobrança contra o Município, sem prejuízo do enquadramento do Prefeito em crime
de responsabilidade, além do pedido de intervenção, como é previsto na Constituição Federal e Estadual”.
Reitero o que disse naquela reunião. A pPalavra
está com a Justiça. Eu fui agredido pelo
Sr. Prefeito Municipal tanto na “Zero Hora” como no “Correio do Povo”. Olívio: “Santos quer promoção pessoal”;. “Prefeito classificou a ação jJudicial do Vereador de intempestiva e irresponsável”. Na
notícia, ele repete a
irresponsabilidade. Ora, eu jamais entendi que alguém possa ser irresponsável ao entregar
dissídios ao arbitramento sábio da Justiça, a. Alguém
que tem obrigação, como legislador, de falsificarfiscalizar e o
brigar o cumprimento da lLei. Alguém que assistiu a um Parecer notável do Relator da Comissão de
Justiça, Ver. Omar Ferri, aonde
também flagrou o
desrespeito à lLei. Este Parlamento, seu Plenário, por maioria absoluta, sancionou e endossou o Parecer, dizendo que o Prefeito fez
cumprir a lLei. Ora, eu quero lembrar também aos meus Pares, eu
quero ver se irresponsabilidade também não é, por exemplo, exemplo: mandar uma lLei
para esta Casa, assinar a lLei,
a lLei ser votada, sancionada, chegar em janeiro e não pagar.
E eu agora estou entendendoentendendo, , porque a gente faez
incursão na Justiça e descobre coisas.
Por que é que foi empurrado para
janeiro de 1991 o resíduo? Porque o Município tinha entrado com uma Ação na Justiça para anular a bimestralidade.
Argüiu a inconstitucionalidade da bimestralidade. U; uma
aAção traiçoeira à cClasse
mMunicipária que diz querer valorizar, só que só foi
negado provimento. E eu vou trazer depois com mais tempo para a tribuna. Eu
quero dizer que irresponsável é quem perverteu a Lei nº 5.891 e, àa sua
revelia, criou o mal
fadado “plus tarifário”,
e, ao ser anulado por aAção
deste Vereador na Justiça, irresponsabilidade foi dizer que o transporte entraria em colapso;, e, mesmo sem o “plus
tarifário,” esse transporte não entrou em colapso. Vejam acom que
dureza com que tem que se falar a quem foi à imprensa me acusar de irresponsável. Aqui, para não avançar o Regimento Interno,
eu faço um ponto. Anuncio: volto daqui a pouco no período de Comunicações.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Liderança com o PDT, Ver. Nereu D’Ávila.
O SR. NEREU D’ÁVILA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, iIlustre colega Presidente da Câmara Municipal de Campo Bom, nós saudamos V. Exª
em nome da Bancada do PDT, Exma Srª Secretária da Saúde do Município, também temos
muito prazer em tê-la nesta tarde aqui. E, eu
quero não deixar passar uma entrevista que ouvi ontem do iIlustre
Secretário da Fazenda Municipal, Sr. João Verle, já anunciando novos critérios para
cobrança do IPTU para 1992. Fiquei muito preocupado e procurei ouvir com atenção a sua
entrevista, e, depois, tentando refletir
sobre a matéria, cheguei à conclusão de que se prepara contra a população de Porto Alegre, mais um golpe no sentido de assacar contra o bolso do contribuinte pPorto-alegrense.
Este ano que está fluindo tivemos uma grande
demanda, nós, a Câmara,
com o Poder Executivo, a respeito do IPTU. Lembro-me que na noite do dia
07 de janeiro, quando conseguimos aprovar uma Emenda limitando em 2.500%, me socorre o Ver. Dib, o índice de aumento do
IPTU, mas, depois, o Veto foi derrubado e ficaram livres os percentuais de aumento, e
ficou como verdade. E, e eu não estava na Câmara, mas, nem por isso,
vou deixar de dizer que creio que não foi um cochilo da Câmara, que se empurrou
como verdade para a população a questão
da Pplanta de Vvalores
do ano passado, mas vamos deixar de barato que foi um cochilo da Câmara, pois
bem, essta nova matéria que ontem o Secretário anunciou,
não vai, então
, incorrer a Câmara num pretenso
cochilo, porque creio que não houve, mas, de qualquer modo, é uma matéria
superada, porque com cochilo,
ou sem cochilo houve aumentos escorchantes no IPTU -– e o Ver. Isaac Ainhorn me socorre de uma Emenda que
manda passar pela Câmara, mas ano passado também passou pela Câmara.
Mas eu me refiro ao seguinte: a nova sistemática anunciada pelo
Secretário Verle é a seguinte, : quem
tiver escolas, supermercados, tiver perto da sua casa algum serviço, terá o IPTU aumentado, e chegou a dizer que duas casas
com o mesmo tamanho, mesmo valor do
terreno, na mesma zona, terão diferenciações no IPTU. Ora, isso é um
absurdo! Ele quis dizer que um supermercado, uma escola,
ou outro tipo de serviço valoriza o imóvel,
e, portanto, deve ser cobrado o iimposto
a mais. Isso é um absurdo. Eu lhes provo
com o exemplo do S“Shopping” Praia de Belas, o. O “Sshopping,” por força da sua construção, trará a valorização
imobiliária da zona.
Mas vamos ter o seguinte parâmetro: a Rua Marcílio Dias e a Av. Ganzo, são ruas à frente, e, evidente, na primeira o poder aquisitivo dos moradores não é o mesmo da Ganzo. Não vai
ser por aquela construção que vai aumentar o imposto dos pobres moradores da Rua Marcílio, Dias, pelo simples fato de construção. Inclusive, eles
nem queriam, até foi muito discutida aquela localização. Agora, vai-se colocar goela abaixo um “sShopping” que foi construído, por via de
conseqüência,
aumentar o imposto, tratando igualmente os
desiguais. A jJustiça
é tratar igualmente os desiguais? É isso? É tratar igualmente os desiguais? É tratar
desigualmente os iguais? Então, onde está o princípio de jJustiça
da Popular? Nós para não ficarmos,
novamente, como “dorminhocos”, “cochileiros”, vamos ficar atentos para que,
quando vier aqui, saibamos dar a resposta à
altura como o povo deseja. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Liderança com o PFL. Com a palavra, o Ver. Artur Zanella.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, chego neste
momento, porque estava na palestra, na ADVB, do Sr. Maílson da Nóbrega, e comunico que S. Exª disse
que os culpados dos problemas brasileiros são os políticos.
Então, por isso, apesar de atrasado, não posso
deixar de reafirmar que não houve cochilo. Não!.
Nós, inclusive, aprovamos um limitador que,
depois foi derrotado pelos próprios
Vereadores. O Ver. Isaac Ainhorn foi
um dos que votaram aceitando o Veto do limitador.
Então, quem aceitou a queda do limitador, deve ter a responsabilidade pela queda do
limitador. Mas, outro grande responsável
pela preparação do IPTU -– vou
mandar cópia deste discurso para ele -– foi
o Sr. Francisco Paulo Santana, que, no ano anterior, quando se preparava todo o IPTU,
fez uma crônica,
dizendo que o imposto era modesto, modesto, veio aqui neste local onde V. Exª está
sentado agora, lembro bem, mostrando que o IPTU era baixo. Só que os critérios que
mudaram naquele ano vão estourar nele, como estouraram no ano passado.
MasEntão, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, o que eu queria era fazer um pequeno comentário
sobre transportes. O Ver. Wilson Santos já falou, mas eu vou falar sobre outro enfoque: quando houve a intervenção, o Ver. Antonio
Hohlfeldt, então Secretário, Vereadores do PT aqui presentes, eu lembro dolembro o que diziam dos proprietários da Trevo e da VTC, : tinham
pedras lapidadas lá dentro, se falou em
sonegador, caixa 2 e tudo aquilo. Ontem, numa entrevista com o Dr. Diógenes, que está
criando quatro4 linhas nesta Cidade, duas para a CARRIS, as outras duas não têm nem
previsão de implantação, ainda, talvez no
segundo semestre, mas já se sabe os itinerários, serão cinqüenta50 ônibus, serão administrados pela Trevo e pela Viação
Teresópolis- Cavalhada. E e a
Lei Orgânica, que aprovamos, aqui diz o seguinte, aqui
em seu art.igo 8º 8º.. (Lê.)
Então, essas linhas que são do segundo semestre já têem
ganhadores, a Trevo e a VTC, com o que se absolvem aqueles dois empresários que foram muitos criticados na época, mas que hoje, com boa antecedência, já são brindados com duas linhas, e com a CARRIS, que o Ver. Lauro Hagemann, que o seu Partido lá
comanda, ganhou duas,
sem licitação. Eu lembro dna
última campanha eleitoral, na frente do Dr. Villela, dizia:
que não fizeram licitação, e erara
licitação para cá, era licitação para lá...
A Lei Orgânica, na época, não mandava fazer licitação; hoje
manda. Eu só espero que não façam licitação como fizeram na Restinga, que primeiro emprestaram o
terreno do DEMHAB, construíram no terreno, compraram os ônibus, colocaram uma
bomba de gasolina com óleo diesel e tudo, e aí contaram cinqüenta50
ônibus, muito bom serviço por sinal, e aí fizeram licitação para ver que é que ia ficar
com a linha. Essa é um pouco maias
explíicita, e a
Trevo e a VTC. O Dr. Silvestre, da Trevo; o; Dr.
Jean, da Viação
Teresópolis- Cavalhada. Com antecipação, acho até que fica mais claro, e acho que aqui se reabilitam aqueles dois empresários, porque eles vão ganhar
duas linhas de graça,
e tem um crédito de um1
milhão e meio do financiamento do BNDS
para a compra desses ônibus. Quer dizer, além do “plus” anterior, além dessa
tarifa, o
que o Ver. Wilson Santos sabe muito bem como foi calculada,
o Ver. Alvarenga também sabe, que com a retirada daqueles ônibus sobraram, além disso, um bilhão e meio pelo BNDS. E, eu, como Vereador, nunca fiquei sabendo, estou sabendo
agora. Então, os
Senhores se preparem, vem aqui este ano, o ano que vem, outro pProjeto
dando ou dinheiro,
ou terreno para a CARRIS. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Leão de Medeiros): Com a palavra,
o Ver. Airto Ferronato, pelo PMDB.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu já tive oportunidade de dizer, por diversas vezes, que em 1990 o Executivo Municipal, encaminhou a
esta Casa, a Pplanta de Vvalores
e os Vereadores devem visualizar esste
documento. É um documento todo ele em
código, com sessenta mil60 mil informações, todas numéricas, onde se avalia o valor do metro quadradom2 do
terreno em cada face do quarteirão. Isto significa dizer,
que não é em cada rua, é em cada pedaço de rua. Para se fazer uma comparação e uma análise do crescimento,
eu fiz em 1990, nós temos que pegar, Ver. Nereu, sessenta60
mil informações numéricas desteo ano e compará-las com sessenta60 mil
informações numéricas
dodo ano passado; nós temos que ver o código 007727 não sei o quê, para ver que pedaço de rua é e temos que, com
isso, avaliar que crescimento houve naquele
pedaço de rua.
O SR.
ARTUR ZANELLA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu peço desculpas, mas é que o
Ver. Lauro Hagemann
estava dizendo que eu li mal a Lei Orgânica e eu apenas estava mostrando que
não.
O SR.
AIRTO FERRONATO: Então, voltamos ao assunto. J já
tive a oportunidade de falar com o Sr. Secretário da Fazenda e digo que vou votar contrariamente ao Oorçamento
do Município de Porto Alegre, que vou votar contrariamente a qualquer reajuste
de imposto deste Município se o Executivo
não me encaminhar assim: tais e tais quarteirões tiveram reajuste de
“xX” por cento;
tais e tais quarteirões, “yY”
por cento. Ou seja, eu quero saber e não me interessa como eles vão fazer, para que não aconteça o que aconteceu no ano passado. Eu
quero saber assim: o reajuste foi de “yY”
por cento neste ano. O que for a mais, o que for a menos vai ter que constar em quadro
detalhado, porque, se teve um reajuste além da
inflação, ele vai ter que me dizer que rua foi para que eu possa ir lá avaliar se está certo ou
não.
E, finalmente, Ver. Isaac Ainhorn, nós devemos
avaliar a coisa com critério, com responsabilidade, sem muito grito, mas
pensando no bem da população e da cCidade
de Porto Alegre. Eu não ia falar a este respeito, mas como se tratou de IPTU, quero deixar bem claro que
não voto nada se não estiver bem definido cada reajuste de cada item que for diferente
do reajuste da
correção monetária. Muito
obrigado.
(Não
revisto pelo orador.)
O SR.
ARTUR ZANELLA (Questão de Ordem): Sr. Presidente, anteontem fiz uma Questão de Ordem ao
Ver. Ferronato, então na Presidência, perguntando como seria a Sessão no dia de hoje, visto temos
duas Comissões Parlamentares de Inquérito marcadaso
para as quinzeàs 15
horas, dentro da Sessão. Além disso, às quinze horas e trinta minutos, 15h30min, há reunião das Comissões Permanentes,
que têm
preferência sobre as
Comissões Especiais. Gostaria de saber como os Vereadores, que têem
que ter presença na Comissão Permanente
e têm duas convocações para as quinze horas e trinta minutos, às 15h30 minutos, deverão proceder, até porque tenho interesse para escutar a Srª
Secretária da Saúde.
O SR.
PRESIDENTE: Ver.
Zanella, logo mais a Mesa se reunirá com a assessaAssessoria para deliberar a esse respeito.
O SR.
ARTUR ZANELLA: Sr.
Presidente, creio que o Ver. Vieira da Cunha deve estar com o mesmo problema, porque ele é Presidente de uma das Comissões
Especiais.
O SR.
PRESIDENTE: É
evidente que os Srs. Vereadores terão que parlamentar com os Presidentes das Comissões para evitarem uma falta que não foi causada pelo
Vereador.
O SR.
ERVINO BESSON (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, há pouco, estava comentando com o Ver. Maário
Fraga. E, entendo que quando há um convidado, como hoje,
deveria haver um acerto entre as Lideranças para que essas não fossem à tribuna, porque se vai um, vão todos, até para orque
a Secretária não fique esperando, pois sabemos que tem uma série de
compromissos.
O SR.
WILSON SANTOS (Questão de Ordem): Fui à tribuna no período de
Liderança, abordei um assunto de relevância para esta Cidade, um assunto
excepcional, pretendo voltar no período de Comunicações. Gostaria de saber qual a
ordem dos trabalhos, pois o comparecimento não especifica o horário, nem o
período. Gostaria de um esclarecimento.
O SR.
PRESIDENTE (Omar Ferri): A Mesa
esclarece. É, é
evidente que deveríamos passar o pPeríodo
de Comunicações, ocorre que a Casa havia
aprovado anteriormente, num Requerimento apresentado pelo Ver. Giovani Gregol,
Processo nº 1320/91, em
que este mesmo Plenário aprovou a convocação ou o convite para a vinda da Srª Secretária da Saúde para prestar esclarecimentos, de acordo
com o pPedido formulado pelo Ver. Giovani Gregol, onde diz: “Iinformações adotadas pelo Executivo e CIMS com relação ao
Sistema de Informações Ambulatoriais”.
Se a
Casa já aprovou Requerimento neste sentido, significa quer
ela deverá ser ouvida por nós.
Os
problemas existem, já estive nesta Casa com três reuniões que ocorreram simultaneamente. Cada Vereador
vai ter que anunciar ao Presidente da sua Comissão se quer ficar ou participar da reunião da sua
Comissão.
O SR.
WILSON SANTOS: Não
considero respondida a minha pergunta: quero saber qual o destino do período de
Comunicações.
O SR.
PRESIDENTE: Depende
do tempo... Queremos,
agora, agradecer pela honrosa presença da Srª
Secretária da Saúde do Município, a quem temos a honra de passar a palavra neste
momento.
O SR.
PRESIDENTE: Convidamos
para fazer parte da Mesa a Drª Maria Cecília, que é coordenadora na implantação do Sistema de Informações Ambulatoriais.
A SRA.
MARIA LUÍZA JAEGER: A partir
de janeiro deste ano, houve uma série de modificações
na relação do Governo
Federal com os Estados e com os Municípios, com os prestadores privados da área
da saúde, que são os que prestam serviços no setor público. Esstas
transformações foram feitas em cima de uma Rresolução
do INAMPS com data de janneiro
e que cria quatro4 sistemas de prestação de serviços, como o:
Sistema de Informação Ambulatorial, o Sistema de Informação Hospitalar e um outro, o s Sistemas de
Informação de Procedimento de Aalto Ccusto.
Traduzindo isto em outras palavras, isso se refere às mudanças
na tabela de pagamentos desstes
setores. Foi criadao uma tabela só.
Havendo uma tabela só,A até
janeiro desse ano, os hospitais, os ambulatórios, os setores públicos
recebiam de forma diferente, isso foi unificado numa só tabela de pagamento. AE a
partir daí todos os prestadores, sejam eles públicos ou privados, que são interligações com o Sistema Único de
Saúde, recebem a partir dessas
tabelas.
Então,
tanto numa unidade , como unidade sasanitária do Município, a Uunidade
Ssanitária
Nazaré, como na Uni Uunidade PAN 4, que, hoje, é uma unidade ligada ao Governo do Estado, como ono Hospital da PUC, que é um hHospital
privado, se fazem as mesmas ações. V, vamos
dizer, em a nível
ambulatorial, ele presta uma consulta médica a partir de 1º de junho, por exemplo, tanto
esta consulta médica tanto no Hospital da PUC,
quanto na Uunidade Ssanitária Nazaré, do Município, valem
761 setecentos e sessenta e um cruzeiros. Então,
é este o funcionamento que o sistema tem a partir de 1º de janeiro destse
ano.
Em
relação ao Sistema de Informação Ambulatorial, o que foi decidido pelo Município de Porto Alegre,
baseado na Lei Orgânica do Município, que coloca, no seu art. igo 161,
que acomo competência do Município, a direa aDireção do Sistema Único de Saúde, a
complementação das
normas concorrentesconcernentes à à relação com o setor privado, e com os serviços públicos e com a celebração de
contratos e convênios com os serviços privados e públicos, o, o que foi feito pelo Município de Porto Alegre em relação a este Sistema de
Informação Ambulatorial foi abrir, a partir de um eEdital
publicado nos jornais, agora,
ainda em março, uma inscrição universal para todos os prestadores que se
disponham a prestar serviços no Sistema Único
de Saúde. E, a partir dessta
inscrição, estamosáa se
organizando as informações pelos Distritos de Saúde de Porto Alegre que, a
partir de quinta-feira passada, com a aprovação do Plano Municipal de Saúde na Comissão
Municipal de Saúde - que seráá
enviadoa à Câmara -, esstes
dados estão sendo organizados por esstes dDistritos.
A partir
de uma discussão que foi feita na Comissão Municipal de Saúde, se
estabeleceram-se critérios de escolha dos
serviços privados que vão
prestar assistência, dos quais vaião
ser comprados
serviços para prestação de assistência ao Sistema Único de
Saúde. Esses . Esstes critérios foram discutidos com os portadoresprestadores de serviços de saúde. Foram chamados para discutir esses esstes
critérios
: a Associação Médica do Rio Grande do Sul, o
Sindicato Médico, as entidades da área
da oOdontologia, a Associação dos Hospitais... A, e a partir dessa discussão é que foram criados
critérios para credenciamento e compraorá de serviços dno
setor privado de saúde na Cidade. Entre esses esstes critérios, está a
questão da sensibilidade, a questão das condições de área física, de
equipamentos para cada uma das especialidades, a exigência de equipamentos mínimos. F, foram
estabelecidos a partir de uma discussão
com a Associação Médica, com as entidades da área de odontologia, de fisioterapia, por exemplo, a exigência de
registro, da existência de prontuário, mesmo no setor privado, para registro de atendimento - , e isisto, inclusive, é constitucional, a população tem que ter
registrado o seu atendimento, quem atendeu e o quêe -, e
também a questão da forma de organização
e do exercício dea atividade da pessoa física. Serve, p. Para servir tanto a pessoas jurídicas quanto físicas, assinam. A, assim, no momento de contrato dos serviços com o Ssistema
Único de Saúde, um termo de compromisso
na qual elas se comprometem a cumprir as diretrizes e normas do Sistema Único
de Saúde.
Estas
seriam as informações iniciais, e estamos
à disposição para qualquer esclarecimento.
O SR. PRESIDENTE (Airto Ferronato): Com a
palavra, o Ver. Giovani Gregol.
O SR.
GIOVANI GREGOL: Em
primeiro lugar, eu gostaria de saudar,
novamente, a presença da Secretária Municipal de Saúde e
Serviço Ssocial, através da presença da Secretária e da sua
Assessora, Maria Cecília, prestando esclarecimento a esta Casa que, através de Requerimento deste Vereador, na
qualidade de Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, assim requereu, sobre o credenciamento de instituições, pessoas,
profissionais e de instituições particulares ou privadas no serviço de saúde no Município de Porto Alegre. Eu Eeu acho que isso é importante para a Casa que,
naturalmente, acompanha, até porque é
sua obrigação, ; a
questão da saúde no Município, acompanha a implantação dos SUS’s, acompanha o trabalho da Secretaria e da síntese que a Secretaria coordena.
Esstas questãoões e
muitas indagações têm sido feitas à Comissão de Meio Ambiente, em geral a respeito de como é que está sendo encaminhadao
pelos órgãos competentes a implantação do sistema aqui e, em especial, a questão do credenciamento.
Então, essa foi aà razão, pela qual,
eu, como Presidente da Comissão da
Casa, resolvi convidar a Srª Secretária para que viesse nos prestar-nos
esclarecimentos e trazer informações.
Eu
queria perguntar, entre outras coisas, à Secretária, na prática, uma vez
colocada aqui por ela
de forma sucinta e que já foi enviada aos Vereadores com bastante antecedência
a documentação a
respeito, que os Vereadores devem ter lido ou têm em seus arquivos, em seus
gabinetes, são de conhecimento da aAssessoria,
a forma como se dá isso,; Srª
Secretária, a questão
dos prazos concretos. Como é que nós estamos encaminhando nestse sentido e quando é que nós vamos ter esse
trabalho concluído? Em primeiro lugar, é essa a questão.
A SRA.
MARIA LUÍZA JAEGER: Antes de
colocar a questão dos prazos concretos, eu acho que faltou uma informação da minha primeira fala. Na
última reunião do Conselho Municipal de Ssaúde,
da SEME de Porto Alegre, foi colocadas a seguinte questão e tomada uma decisão. Todo o orçamento da Secretaria
Municipal de Saúde passa aqui pela Câmara
e é apresentadoa na síntese; h. Hoje,
as
Prefeituras Municipaisl recebem
os recursos federais
via prestação de serviços. N. Nós produzimos serviços ambulatoriais e hospitalares
a partir disso, . Nós rrecebemos recursos que já estão orçamentados e nósfa fizemos
um plano de aplicação dos recursos que é apresentado e discutido com a
Comissão Municipal de Saúde, na qual
estão representadas todas as entidades e trabalhadores da
área da saúde, a população que os serviços públicos e
privados de saúde da Cidade.
Isso vem
ocorrendo e se refere ao material de consumo que vamos comprar, comprar, equipamentos, obras que serão feitas, especificando melhor o orçamento que vem
para esta Casa. Isso só é feito com relação aos recursos que estãoá
sendo repassados para a Prefeitura Municipal.
Como, a partir de janeiro deste ano, o Governo
do Estado e os hospitais começaram a receber em cima dessa tabela de
faturamento dae sua produção
de serviços, são recursos gerados por
produção de serviços
em Porto Alegre. Então, a proposta aprovada na última reunião da Comissão
Municipal de Saúde, na quinta-feira passada, foi em relação a todo o
recurso produzido na Cidade, de consultas
médicas feitas na Cidade, pelo setor público ou pelos hospitais. D, devem ser feitos planoss de
amplicação desses recursos,
e apresentados, apesar de não fazerem parte do Oorçamento
do Município, no sentido de que, realmente, para que a população saiba, por
exemplo, que o PAM 3, na
Vila dos Comerciários, está produzindo um
determinado serviço, e isso é faturado, que esse recurso volte a ser utilizado na cCidade
de Porto Alegre.
Acho que
isso é um avanço, no sentido de acompanhar, já que agora não é mais um convênio com o Estado,
mas um recurso gerado por produção de serviço, que os recursos tenham acompanhamento, por
parte da Comissão Municipal de Saúde,
e
que sejam encaminhados, em nível de informação, à Câmara. Em relação aos prazos, passo a palavra a Maria Cecília Mizoski.
A SRA.
MARIA CECÍLIA MIZOSKI: Tem um
esclarecimento importante que deve ser feito aos Srs. Vereadores, que é no sentido de que a implantação
desse sistema de
informações que, na realidade, que, na realidade é um sistema para pagamento de prestação de
serviços, tanto público como privado,
está sendo coordenado no Estado pela
Secretaria Estadual de Saúde. A
Secretaria de Saúde e Meio Ambiente do Estado é a coordenadora da implantação
desse sistema. A Administração Municipal de Porto Alegre entendeu que era seu dever chamar a si, até porque
isso está na Lei Orgânica, aprovada por esta Casa, de
que a Administração
deveria chamar a si a implantação desse sistema do Município de Porto Alegre.
Na realidade, estamos numa situação ambivalente:
por um lado, estamos coordenando esse processo em Porto Alegre, mas, por outro,
estamos dependentes de decisões e prazos tomados emno
nível eEstadual, porque fazemos parte disso. O
processamento do material se dá na ProcergsROCERGS. Recém estamos executando Porto Alegre, com o objetivo éde
gerenciar a rede pública e privada de Porto Alegre, mas estamos trabalhando numa sistemática que está
sendo montada e sendo gerida pelo Governo do Estado. Estamos dependendo do
trabalho da ProcergsROCERGS. Fizemos o cadastro da rede pública em março, mas até hoje estamos esperando que
a ProcergsROCERGS devolva o relatório de digitação dessas informações para vermos inconsistências e incorreções. Já tínhamos feito a inscrição do
setor privado em abril;
agora, o Governo do
Estado abriu para o restante do Estado. A partir da semana que vem, vamos
iniciar o preenchimento da ficha cadastral dos prestadores privados inscritos. Aí, vamos esperar
que a ProcergsROCERGS digite. Temos dificuldades com os prazos,
porque não somos nós que os estabelecemos.
Além
disso, a Secretaria Estadual de Saúde está com alguma dificuldade para
estabelecer questões
prioritárias: a definição dos parâmetros de cobertura. N; não
podemos aplicar para Porto Alegre o
mesmo que para uma cidade do interior, ou seja, o número de consultas que vai
ser programado para Porto Alegre, tanto no setor público como privado, tem que
considerar a população de Porto Alegre,
mas deve considerar também que Porto Alegre é referência para a Região
Metropolitana e, nos serviços mais
complexos é referência para o Estado do Rio Grande do Sul. Não podemos fazer um
cálculo “per
capita” por população da cidade,
sem considerar o fluxo de usuários entre essas cidades. Isso compete a uma definição
da Secretaria da Saúde,
porque não envolve apenas Porto Alegre, mas todas as cidades- pólos do Estado. Estamos dependendo
dessa definição, de uma confirmação de critérios para inclusão. OA SineINE de Porto Alegre deliberou, a
partir de critérios que foram propostos pelas entidades de prestadores - Amrigs, hospitais - (AMIRGS, HOSPITAIS) para
a escolha do prestador privado,
que vai fazer parte do sistema. Isso nós
temos autonomia para fazer em Porto Alegre, mas fica a questão da referência, ainda, que é uma referência eEstadual.
Então, há questões que não estão resolvidas emao
nível de quem está coordenando a implantação,
que é o Governo do Estado, que nos deixam numa situação bastante difícil e
impossibilitados de definir prazos para entrar em funcionamento.
O SR. PRESIDENTE: Ver.
Giovani Gregol, V. Exª dispõe de mais sete7
minutos. Esta Presidência solicita que V. Exª faça todas as questões para que, depois, possam ser respondidas em bloco.
O SR.
GIOVANI GREGOL: Eu vou
tentar satisfazer a Presidência, mas um comentário a respeito das afirmações da SMSS. No meu
entender, e acho que da maioria, pelo menos, se não da totalidade dos Vereadores desta Casa, a Lei Orgânica é bastante clara a respeito
das atribuições da Secretaria e do Executivo Municipal. Ela é transparente,
meridiana, dentro do Município de Porto Alegre cabe a
simples coordenaçãoda pela Secretaria de Saúde e Serviço Social do Município. Chamar a si este processo, não me parece que
haja dúvidas ou nãoque
deveria haver. Se há é um problema que temos que resolver, um mau entendimento,
uma má interpretação do que é a
legislação, não por parte da Secretaria, mas por parte da municipalidade,
talvez, por parte do Estado ou de outras instâncias. Este cadastro, segundo a Secretária
informou, já está completo, o. O
cadastramentoo das instituições públicas e das privadas. Nós sabemos que há muito tempo não se fazia um
levantamento ou uma reatualização dos dados das instituições que prestavam este serviço dentro do Município.
Deve ter surgido um quadro novo. Entre as vantagens que esse cadastramento traz, uma é de que ela reatualiza, ela traz uma
perspectiva nova sobre a prestação de serviços , diante
do Município. Eu queria que a
Secretária e a sua Assessora nos falassem alguma coisa, se é que é possível,
já adiantar sobre essa realidade nova que se percebe, ; o
que se pode adiantar de importante em cima dessa nova realidade.
Em
terceiro lugar, para que fique bem claro para a Câmara Municipal de Porto
Alegre, para que não
paire dúvida, porque a nossa intenção é justamente esclarecer isto, é deixar
esta questão de forma transparente, quem elaborou, eu sei que a Secretária já manifestou isso, mas se
afirmando ou repetindo a questão, quem elaborou os critérios e quem, em cima das informações
advindas do cadastramento ou recadastramento, vai examinar e vai decidir
aquelas instituições e pessoas, profissionais liberais, pessoas físicas ou
jurídicas, que se enquadrarão nos
critérios já elaborados, já decididos, e quais as que ficarão fora. Porque nós temos, inclusive, a possibilidade de que uma pessoa física ou
jurídica, que há muitos anos, há cinco5, há dez10
anos ou maiias prestam
serviços, deixem
de prestar. Nós sabemos que isto pode criar dúvidas, pode criar contraposições, pode criar situações de desconformidade. Tem
que ficar bem claro isso, como é que está se procedendo nessta
questão, q. Quem
é que vai tomar a decisão final nessa questão e a quem cabe recorrer, em caso
de disputa, em caso de dúvida.
Eu creio que, por enquanto, Sr. Presidente, seriam estsas
as questões.
(Não revisto pelo orador.)
AO SRA. MARIA LUÍZA
JAEGER: Primeiro,
a questão, em relação a quem é o gestor do Sistema Único de Saúde em cada
local. A Constituição
brasileira, no seu art.
igo 30, quando coloca as competências dos Municípios,
deixa claro que “compete ao Município executar os serviços de saúde, com assessoria técnica e financeira da União e do
Estado”. Isso está escrito de uma forma mais clara na Lei Orgânica da Saúde e é absolutamente claro na Lei Orgânica do
Município de Porto Alegre. Então não há dúvidas, nem por parte do próprio Governo do Estado, em relação ao gestor dos
serviços de saúde no Município de Porto Alegre: é a Secretaria Municipal de
Saúde e o Conselho Municipal de Saúde, porque o Conselho também
consta, tanto da Lei Orgânica da Saúde como também se falta
na existência de um órgão deliberativo na parte da Lei Orgânica do Município,
quando coloca a questão da saúde.
A
questão da inscrição. A inscrição foi aberta e universal. A nossa posição é
que essa inscrição
continue sempre aberta. Nós temos sérios problemas com o atual credenciamento. Por exemplo, temos em torno
de quarenta40 dentistas hoje credenciados pelo sistema,
em Porto Alegre,
e não há, entre esses dentistas, nenhum buco-facial, que é uma necessidade do sSistema.
Então, com a abertura dessa inscrição, aparecem profissionais que são necessários e que não
se têem na rede pública e que colocaram os seus serviços
à disposição do sSistema. Depois a Maria Cecília,
pode explicar melhor, em números, o que
isso significou.
Quem
elaborou os critérios? Os critérios foram discutidos com
as entidades
prestadores de serviços, sejam elas públicas ou privadas. Isso foi feito via
Secretaria Técnica do
Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre, que é composto pelas instituições com representação na Universidade, e essa instância chamou os prestadores para
discutir esses critérios. Esses critérios foram discutidos e foi feita uma proposta que foi
aprovada pelo Conselho de Saúde de Porto Alegre. Quem e quem vai
decidir com quanto cada serviço público, seja ele mMunicipal,
eEstadual ou fFederal,
como é o caso do Grupo Hospitalar Conceição,
vai contribuir, que serviço ele vai prestar e quem virão ser os prestadores privados que vão atender o
sistema, vai ser a Comissão Municipal da Saúde de Porto Alelgre.
Foi
feito um relatório
padrão. A partir da
inscrição, vai ser preenchido um cadastro referente a cada um dos serviços. Essa visita de
supervisão vai ser feitao por
uma cComissão composta de, no mínimo, um representante da
Secretaria da Saúde do Estado, um representante da Secretaria da Saúde do
Município, um representante da plenária da CIMS’s,
na parte que representa a população. A partir desse relatório é que se vão decidir quais os serviços que vão ser
prestados. Isso sempre teêm pParecer
da Secretaria da Saúde, da Comissão
Municipal da Saúde de Porto Alegre. Qualquer pessoa que estiver inscrita e que
não for chamada para prestar serviços,
poderá
recorrer a essa instância. Mesmo hoje,
pois ainda não está funcionando esse sistema. Por exemplo, à época em que a Beneficência
Portuguesa foi descredenciada em Porto
Alegre, isso foi uma decisão tomada pelo Conselho Municipal de Saúde de Porto
Alegre;, depois, o recredenciamento também foi posição tomada lá, a partir de uma discussão
com a Diretoria do Hospital Beneficência
Portuguesa. O órgão de decisão e éo órgão de recurso é
o Conselho Municipal de Saúde de Porto Alegre, e os critérios que serão utilizados são critérios
técnicos que foram aprovados, passaram pelo crivo das entidades prestadoras de
serviços. Há um consenso em relação a
esses critérios. Muito obrigadao.
A SRA.
MARIA CECÍLIA MIZOSKI: Nós
tínhamos, antes, quatrocentos 400 odontólogos, médicos, pessoas físicas credenciadas, e em torno de quarenta40, cinqüenta50 pessoas jurídicas. E se inscreveram, em abril, por
volta de 700setecentas pessoas físicas e 90noventa pessoas jurídicas. Durante esta semana, o Governo
do Estado reabriu,
mas o movimento está sendo muito pequeno e não vai chegar a dez10
novos inscritos amanhã.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a
palavra, o Ver. Adroaldo Corrêea.
O SR.
ADROALDO CORRÊEA: SA Srª Secretária, gostaria de saber se, eventualmente, não estamos introduzindo um novo
conceito, mas um conceito já existente de pagamento e recebimento dos recursos necessários para a
produção dos serviços na cCidade
de Porto
Alegre. Alegre? Queremos que isto venha a ser entendido pelo
Governo do Estado e queremos a adesão do Governo do Estado, que é um conceito
que, se o serviço é prestado na Cidade,
ele deve ser aqui remunerado. N, se nós
deveríamos pautar, a própria Câmara de Vereadores, através de sua Comissão de Saúde e Meio Ambiente, uma movimentação, eu creio que acelerada, do ponto de vista de
relacionar com a Assembléia Legislativa, com a CComissão
cCongênere, na expectativaperspectiva de obter talvez um consenso
junto com os Deputados, membros daquela Comissão, no rumo de construir um conceito junto ao
Secretário da Saúde e fazê-lo. Porque nós dependemos da aplicação dos recursos
na cCidade de Porto Alegre, de que isso venha a ser entendido também
da maneira em que
está sendo entendido no Município para os demais Municípios do Rio Grande do Sul.
Se a
verba é relacionada aqui e ela depende da liberação do Governo Estadual, eu creio que nós estaríamos pendendo, como disse a
companheira Maria Cecília, creio que nós poderíamos buscar isso isto numa construção de entendimentos concomitante com a Assembléia
Legislativa. Talvez essste
espaço exista exista na possibilidade de uma relação direta da Comissão
de Saúde. Eu tenho certeza de que os pPartidos
se relacionando poderão obter
esste rumo melhor, se a dependência da municipalização
é também desses recursos a serem aplicados, e com mais urgências ainda a gente
poderia buscá-los
juntos, por exemplo, aos Vereadores
do PDT, aos Parlamentares eEstaduais
do PDT, aos Vereadores do PT, aos
Parlamentares eEstaduais do PT e ao próprio Ver. Mano José, ; junto
aos Vereadores do PDS, do PFL, num conjunto de discussão que venha a obter uma resposta mais rápida no
tempo, na perspectiva de que nisso
se resolva a favor. Cremos, e se houver uma oposição, nós possamos ter o entendimento de que este
dinheiro, finalmente, virá desta forma, porque o serviço é prestado e, principalmente, o Pronto Socorro, o Grupo Hospitalar Conceição e outros, são
referências eEstaduais e até inter-eEstaduais e merecem esse tratamento, de que o procedimento aqui realizado aqui seja
aplicado. Essa seria uma
questão que eu proporia àa
CIMS e também à Secretaria, na pessoa da Srª Secretária. E eu creio que seria um rumo imediato a traçar.
E a
outra é fora dessa questão, mas aproveitando a estada da Secretária: , e se nós
estamos trabalhando dentro da Secretaria Municipal da Saúde o conceito que nós já discutimos aqui do serviço de atenção aos
servidores, que é um serviço diferenciado? E, se e se ele vai vir na
discussão do Orçamento da Saúde, será rubrica dentro da Secretaria da Saúde ou dentro da
Secretaria da Administração?. Eu
defenderei aqui, tenho feito esse debate junto com os Vereadores, que esse
dinheiro seja da Secretaria da Administração, na medida em que os 13% da saúde são constitucionais e devem estar
presentes para a aplicação de recursos no Município de Porto Alegre.
(Não revisto pelo orador.)
Alegre.
A SRA.
MARIRIA LUÍIZA
JAEGER: Seria
importante, primeiro, esclarecer que a posição do Município de Porto Alegre
não é só do Município de Porto Alegre, é uma posição da Associação dos
Secretários Municipais
de Saúde do Rio Grande do Sul, do próprio Conselho Nacional de Secretários da
Saúde e também do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais da Saúde, de que os recursos
repassados pela União, Estados e Municípios, não podem ser só recursos de faturamento, só por produção de serviço, porque
acaba sendo uma remuneração por doença. Existem
umas séries
de Municípios, hoje, neste País, que não têem
ainda serviço de saúde. Se a forma de repasse de recursos é só por produção de serviços, nunca se vai conseguir
montar serviço nesses Municípios. Então, o que nós consideramos é que é necessário que seja cumprida a Constituição no seu art.igo
30, de que os Municípios é que são os executores dos serviços e que isso se dá
com a cooperação técnica e financeira da
União e dos Estados.
Agora, eu acho que, enquanto está funcionando a forma de repasse via faturamento,
via produção de serviço, nós temos que ter -, há
uma produção de serviços feitos na cCidade
de Porto Alegre, pela rede pública existente em Porto Alegre, e. Esses
recursos cabem ao gestor do serviço, que
é a Comissão de Saúde de Porto Alelgre, que delibera sobre isso -,, temos que ter ter o acompanhamento de onde esses recursos estão sendo utilizados,
e quantdo desses recursos estão voltadosvoltados para a cCidade
de Porto Alegre, porque eles estão sendo produzidos aqui. É esse o objetivo. E. Eu acho que neste momento há uma discussão na
Assembléia sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias para o ano que vem, e eu
acho fundamental essa discussão da Comissão
de Saúde da Câmara com a Assembléia, com a Associação dos Secretários
Municipais, que o nosso objetivo é que
realmente a grande parte dos recursos tem que voltar a ser
aplicada naquela
Cidade.
Em
relação ao serviço de atenção à saúde dao
servidor, a posição, já no ano passado, do Conselho Municipal
de Saúde de Porto Alegre, no que se refere à atenção à sSaúde do sServidor
mMunicipal, ela não é uma parte do Sistema Único de
Saúde, mas, sim, uma atribuição da Administração de Porto Alegre. Então, esste recurso
não deveria estar dentro do Oorçamento
da Secretaria Municipal de Saúde, mas, sim, dentro do Oorçamento,
na parte referente à aAdministração
da Cidade.
(Não
revisto pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE: Não
havendo mais inscritos, agradecemos a presença da Srª Secretária Maria Luíza
Jaeger , e de sua Assessora, Maria Cecília Mizoski, Coordenadora da Implantação do Sistema de
Informações Ambulatoriais.
Suspendemos os trabalhos por dois minutos, para as despedidas.
(Suspendem-se os trabalhos às a Sessão às 15h38min.)
(Às 15h40min,
o Sr. Airto Ferronato assume a Presidência dos trabalhos.)
O SR.
PRESIDENTE (às 15h40min): Não
havendo “quorum”, convoco os Srs. Vereadores para a Sessão
Ordinária de amanhã, à hora regimental.
Estão
levantados os trabaelhos.
(Levanta-se
a Sessão às 15h41min.)
Há “quorum”. Passamos à
DISCUSSÃO GERAL E VOITAÇÃO
SECRETA
PROC. Nº 2769/89 – VETO TOTAL AO
PROJETOD E LEI COMPLEMENTAR Nº 025/89,
de autoria do Ver. Leão de Medeiros, que dá nova redação ao inciso II do
art. 121 da Lei Complementar 133, de 31.12.85, alterada pela Lei Complementar
186, de 12.12.88. (Reajuste mensal – servidores municipais.)
Parecer:
- da Comissão Especial. Relator
Verª Letícia Arruda: pela rejeição do Veto Total.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão.
(Pausa.) Em votação. Encaminha o Ver. Luiz Braz.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente
e Srs. Vereadores. Eu vejo que o número de Vereadores presente em Plenário,
neste instante, não é um número significativo suficiente para derrubar o Veto e
isso me preocupa, porque eu sou favorável ao Projeto do Ver. Leão de Medeiros;
sou contrário ao Veto aposto pelo Sr. Prefeito Municipal e tenho aqui alguns
números que podem justificar esta minha atitude – aliás, não é somente minha, é
também da nossa Bancada, o Ver. Edi Morelli e este Vereador – alguns números
que talvez sejam novos para este Plenário, pelo menos eu não ouvi este números
serem citados no Plenário, mas que podem inclusive orientar a própria votação
do Projeto de aumento do funcionalismo, que o Prefeito mandou para esta Casa. O
ISSQN – eu conversava antes com o Ver. Airto Ferroanto e posteriormente
conversava com o Presidente do Sindicato – o ISSQN representa mais ou menos 25%
da arrecadação do Município. No mês de dezembro, o ISSQN esteve na casa dos 27
milhões. Neste mês de janeiro, nós temos uma arrecadação de ISSQN na cerca de
45 milhões de cruzados. São números que eu acabo de receber e que pode nos dar
uma orientação do que vai representar o recebimento da Prefeitura neste mês de
janeiro. Tem outro número aqui que é bastante significativo. O ITBI, apenas num
dos dias atrás... Eu tenho o ITBI até o dia 22 de janeiro: foi 12 milhões de
cruzados. O ITBI total do mês de dezembro foi de 9 milhões de cruzados, mas
ainda temos oito dias para completarmos o mês, porque esses dados aqui tem até
o dia 22 de janeiro, e só num desses últimos dias tivemos uma arrecadação do
ITBI na cerca de 4 milhões de cruzados só num dia. No dia 17 rendeu para a
Prefeitura 4 milhões de cruzados do ITBI. Isso sem contar outros impostos
significativos para a receita do Município no mês de janeiro. Exceto entre
esses impostos significativo o IPTU que, muito embora represente cerca de 10 a
12% na arrecadação geral, no mês de janeiro, e ele tem um comportamento
completamente diferente porque as pessoas procuram pagar antecipadamente para
poder ganhar as benesses oferecidas pela legislação... Então, nos meses de
janeiro e fevereiro, normalmente temos uma arrecadação bem maior do IPTU do que acontece nos outros meses. Só por isso
eu diria ao Senhores que 158 milhões de cruzados, que disseram que seria a
folha de pagamento, estaria em muito superada pela arrecadação do mês de
janeiro. Se não fosse isso suficiente, uma outra informação que também trago de
pessoas que mexem com a arrecadação, com a folha de pagamento do Município.
Esses 158 milhões de cruzados já inseridos nesses e a antecipação de féria
porque neste mês muitos funcionários públicos tiram férias e não recebem a
antecipação de féria e colocaram neste 158 milhões de cruzados, também somadas,
as antecipações de férias. É claro que, se somar tudo. A gente sabe que as
antecipações de férias são devolvidas. Os funcionários recebem isso e nos meses
subseqüente eles devolvem isso para o Município. Então, de fato, isso não
significa um gasto. Isso na verdade vai ser reposto, e o Prefeito Municipal,
quando fornece os dados para a imprensa, quando fornece os dados para a Câmara
Municipal, ele não entra nesses detalhes. Por isso mesmo somos amplamente
favorável a que se derrube o Veto aposto do Sr. Prefeito ao Projeto de Lei do
Ver. Leão de Medeiros e até faço uma solicitação neste final de encaminhamento
para que os outros Vereadores que se encontram nos seus gabinetes venham para o
Plenário para que possamos derrubar esse Veto e posteriormente o outro Veto,
que será colocado em votação, que o Veto do Projeto do Ver. Mano José, que
manda fazer os pagamentos quinzenais.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR. CLÓVIS
BRUM (Questão de Ordem): Sr. Presidente, recebi os avulsos e há um Veto ao Projeto
de Lei Complementar nº 027/89, de autoria do Ver. Leão de Medeiros. Mas, se não
me engano, há um outro. A Mesa poderia me informar qual é? Gostaria, ainda, de
saber se além desses vetos haverá a votação dos projetos constantes da
convocação extraordinária.
O SR.
PRESIDENTE: São dois Vetos que temos para apreciar, Vereador: um ao Projeto de
Lei Complementar nº 27/89 e o outro é ao Projeto 2840, de autoria do Ver. Mano
José. Quanto aos Pareceres sobre os Projetos, a Assessora Legislativa já está
colhendo as assinaturas dos Vereadores e, no decorrer da Sessão poderei
prestar-lhe uma informação melhor.
A palavra com
o Ver. Vicente Dutra para encaminhar.
O SR. VICENTE
DUTRA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. É muita incoerência o triste espetáculo
a que estamos assistindo, neste Parlamente, provocado pelo PT. O PT é de uma
incoerência toda a prova e, talvez, a maior contradição que se possa verificar,
embutida nesse Partido, seja, exatamente, uma que não é diretamente culpa dele,
mas, sim, do sistema eleitoral vigente à época da escolha do prefeito
municipal, pois colocamos à maioria à frente do comando da Cidade e o que vemos
é o que aí está. É bom lembrar que o PT se elegeu por 34% dos votos, o que vale
dizer que mais da metade desses votos não foram do PT, votaram nesta
candidatura. Então, o PT deveria se comportar pelo menos respeitando essa
absoluta maioria daqueles que o rejeitaram votando em outra siglas, em outros
partido. Lamentavelmente, na ocasião não existia o segundo turno ainda que com
reduzida margem, assumia o comando da Prefeitura. Nós não podemos deixar de
registrar este fato que é altamente elucidativa para entender essa confusão
toda que hoje agita a nossa Cidade. Uma outra contradição nós verificamos logo
no primeiro mês, quando houve aquela greve em todo o Brasil e nós encontramos o
Prefeito Municipal panfleteando em frente ao antigo Banco do qual é originário
o Banco do RGS. Lá S. Exª não era mais o chefe do Executivo, que deveria se
comportar como tal, mas ainda acostumado ao gesto de Líder Sindical estava
panfleteando em frente do Banco. Mas isso ele fez das 06 às 9h30min., conforme
registrou a imprensa. Mas ele voltou para o Gabinete e sentou na sua mesa de
trabalho, ligou aqui para a Câmara convidando as lideranças com assento nesta Casa
para que fossem conversar com ele. Eu estava na Casa aquela manhã, era período
de recesso e as lideranças se movimentaram lépidas e faceiras, como diz o
poeta, se dirigindo ao Paço Municipal na certeza de que naquele momento o Sr.
Prefeito Municipal, embuído daquele espírito que no animava alguns minutos
antes iria, é claro comunicar as lideranças que estaria concedendo aos
funcionários municipais também em greve um aumento bem mais substanciado que
aquele que ele estava reivindicando, segundo ele, justamente para os
trabalhadores. Para surpresa das lideranças, o Sr. Prefeito fez uma apelo
dramático às lideranças no sentido de que ajudassem, aqui na Câmara Municipal,
um ajuste bem abaixo daquele percentuais que ele estava panfleteando, pela CUT,
lá no Banco do Estado do Rio Grande do Sul. Ficou, claro, então, a grande
incoerência da Administração Municipal em agir com dois pesos e duas medidas:
na hora da agitação – e isto sabe fazer como ninguém – panfleteiam em favor da
CUT, contra o Banco do Estado, como se o Banco do Estado fosse também entidade
à parte no Brasil e não sofresse as condições, como se o Governo do Estado
tivesse condições de pagar acima daqueles percentuais ao qual o Prefeito não
consegue pagar. As incoerências continuam, o PT arrocha os salários. Tenho aqui
uma tabela que me foi trazida por um companheiro, que no momento não o vejo no
Plenário, em que ele arrola as faixas de 01 a 07. Segundo a proposta do
Prefeito, de 01 a 05 não haverá modificação. Mas mesmo considerando os 117%,
vejam bem: aqui na faixa 1, o que não existe, oitocentos e quarenta e um e
setenta e seis. Faixa 01, do Município. Está aqui o Presidente do Sindicato,
peço que ele me confirme com a cabeça ou não se este valor está certo. Como é
que pode ser oitocentos e quarenta e um se o salário-mínimo está em torno de um
mil e quatrocentos cruzados? Como o Partido dos Trabalhadores admite um salário
desses, como do faixa 01? Como isto não foi ao menos retificado ao nível do
salário-mínimo? é uma grande incoerência isto daí, dizem que começa numa faixa
02, um mil e quatrocentos e setenta, que é um salário-mínimo. E vejam bem, o
pessoal do Estado não está satisfeito. Temos greve no Estado, pressões de todo
o jeito com o Governador. Faixa 01, 2.388,. Salário pago aos trabalhadores.
Aqui, como reajuste de 117% ficaria em 1.460. O Técnico Científico, se fosse
dado o reajuste de 117% que o Prefeito não quer dar ficaria em torno de
5.724,80. no Estado está em torno de 11.508, 00 e lá também tem greve e não
estão satisfeitos. Está lá o Governador, foi recorrer inclusive a recursos
internacionais para poder pagar melhor os seus funcionários. Eu tenho aqui
tantas e outras coisas de incoerência mas acho que já foi relatado pelos
companheiros. Só conclamo os meus pares
que rejeitemos de imediato este Veto, concedendo, no mínimo, o reajuste
mensal, como propõe o Ver. Leão de Medeiros. Muito obrigado.
(Não revisto
pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Clóvis Brum.
O SR. CLÓVIS
BRUM: Sr. Presidente, Srs. Vereadores. Solicita-me o Ver. Artur Zanella que
faça este pronunciamento também em nome do PFL, o que muito me honra.
Quero dizer
rapidamente que seria interessante, neste momento, que a Liderança do PT
delegasse, ao Ver. José Alvarenga, o pronunciamento sobre a posição de sua Bancada,
porque me parece que se trata de uma conquista salarial, se trata, em síntese,
e um luta de trabalhadores, que a CUT tem defendido com toda a veemência e o
próprio Partido dos Trabalhadores a defendeu nas suas campanhas eleitorais.
Ainda tenho na retina os pronunciamento do candidato à Presidência da
República, em que eu votei – no primeiro turno, votei em, Ulysses Guimarães, no
segundo, votei no Dep. Lula – e a luta do Dep. Lula, na sua
campanha, era exatamente a mensagem dirigida aos trabalhadores, nas defesa dos
eu interesses, e já não era a mesma defesa dos outros candidatos, mas,
rigorosamente, acho que a Bancada do PT marcaria um tanto decisivo,
politicamente falando, nesta tarde, se designasse o Ver. José Alvarenga para
encaminhar este Veto. Não pelas discordâncias do Ver. Jose Alvarenga, pois acho
que não há discordância entre S. Exª e
o seu Partido. Há uma oposição clara e coerente. O que o Ver. José Alvarenga
tem defendido aqui na tribuna não é nada contrário à Bancada do PT. Está tudo
exatamente dentro do programa partidário do PT. O Ver. Alvarenga não inventou
nada. Os seus discursos são exatamente dentro do programa do seu partido. Não
tenho nem que felicitar o Ver. José Alvarenga. Ele está penas cumprindo com a
sua missão, de levar a diante, nas tribunas do Legislativo, o seu programa, o
programa do Partido dos Trabalhadores. Discurso contrários nascidos das hostes
do PT esse sim que estão criando alguma
inovação. Quer dizer: ou são divergentes do programa partidário ou são
divergentes das promessas eleitorais e, com isso, nada convergem os interesses
dos trabalhadores da Prefeitura. Ainda bem o Ver. Leão de Medeiros quando traz
a oportunidade para que se faça o reajuste mensal. Aliás tem uma proposta do
Executivo.... O Senhor também não está criando muita coisa, não. V. Exª me
desculpe, mas não está criando muita coisa também, por isso acho que o PT vota
conosco na derrubada deste Veto, porque o PT acabou de enviar o Projeto que
acena para a correção mensal. Bom, agora o PT votar contra esse Veto, aí sim,
eu posso dizer que aquele Projeto que acena com a correção mensal é de
mentirinha, não é sério. Até o presente momento eu não defendo, eu digo, pelo
contrário, que a Bancada do PT vai votar contra o Veto do prefeito porque
colide, se choca frontalmente com as grande lutas e nisto o Ver. José Alvarenga
foi muito feliz ontem com as grande lutas da Lideranças tradicionais do Parido
dos Trabalhadores. Dizia o Ver. José Alvarenga, numa de suas belas tardes de
discursos nesta tribuna. Liderança do Partido do Trabalhadores com grande
promessa. Ele, de vez em quando diz alguma coisas que não são verdadeiras no
sentido prático da vida, mas promete muito o Ver. José Alvarenga. Quer atribuir
ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul o caos da Administração do PT em Porto
Alegre. É uma tentativa de defender a administração do seu partido, mas que não
tem ressonância no mundo econômico, naqueles que entendem da Administração
Pública.
Mas continuo ainda achando que o
Ver. José Alvarenga teria nesta tarde a grande chance de resgatar a luta do PT
e do PT do Ver. Antonio Hohlfeldt. O Ver. Antonio Hohlfeldt tinha razão ontem e
o Ver. Antonio Hohlfeldt tem razão hoje. O Ver. Antonio Hohlfeldt tinha razão
ontem e ao Ver. Antonio Hohlfeldt lhes sobram razoes hoje. Não
sou eu quem digo, é o Vice-Prefeito Tarso Genro, é o prefeito em
exercício hoje quem diz isso, nas suas declarações. Não sou eu quem estou
dizendo. Sobraram razões na luta do Ver. Antonio Hohlfeldt, ontem e sobraram
razões hoje. Por isso, Sr. Presidente, eu vou sentar-me na minha tribuna e
aguardar que a Bancada do Partido dos Trabalhadores marque um ponto positivo nos
encaminhamentos desse Veto, designando a
palavra vitoriosa ao Ver. José Alvarenga para fazer esse encaminhamento. Sou
grato.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. RESIDENTE: Não havendo
mais quem queira encaminhar, passaremos à votação do PLCL nº 025/89.
Convido os Srs. Wilton Araújo e
Antonio Hohlfeldt para escrutinadores, uma vez que a votação é secreta.
Solicito ao Sr. Secretário que
proceda à chamada nominal do Srs. Vereadores para votação.
O SR. SECRETÁRIO: (Após proceder
à chamada.) Votaram 30 Srs. Vereadores, Sr. Presidente.
(É procedido o escrutínio.)
O SR. PRESIDENTE: APROVADO o PLCL nº 025/89 e rejeitado o Veto
Total a ele aposto por 23 votos SIM contra 05 votos NÃO e 02 em BRANCO.
Sobre a mesa, três Ofícios nºs
65,68 e 69/90, do Sr. Prefeito Municipal, solicitando que seja devolvido ao
Executivo Municipal, respectivamente, o
PLCE nº 01/90 e os PLEs nºs 06 e 05/90.
Passamos ao próximo Projeto.
PROC. Nº 2840/89 – VETO TOTAL AO
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 166/89, de autoria do Ver. Mano José, que
estabelece critérios de antecipação de
retribuição pecuniária aos servidores municipais.
Parecer:
- da Comissão de Justiça e Redação.
Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela
rejeição do Veto Total.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão.
Para discutir, com a palavra o Ver. Isaac Ainhorn.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra,
o Ver. Elói Guimarães.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr.
Presidente e Srs. Vereadores. Nós já tivemos a oportunidade de examinar pela
manhã a questão ligada aos salários do funcionalismo e dizíamos que nas razões
que embasaram o Veto deveríamos riscar a palavra “aumento”. Não se trata de aumento e aumento é quando acresce a
toda a luta do funcionalismo é uma luta para não perder, é diferente da luta
para ganhar. Esta é a luta que trava o funcionalismo para não perder através da
reposição estrita da perda que o funcionalismo têm ao inicio do mês um salário
“X” e quando chega o fim do mês, nós temos que deduzir deste “X” o que a
inflação lhe tomou, a inflação é como se fosse uma mão invisível que retira do
bolso do funcionalismo o correspondente à perda do poder aquisitivo do mês.
Então a luta do funcionalismo é o Veto que há pouco derrubamos nada mais
representou fazer com que o funcionalismo não perca, não vai ganhar
evidentemente, porque estamos aqui discutindo, correção inflacionária, não
ganha mas pelo menos não perde. Isso é o mínimo de dignidade que a
Administração tem que reconhecer ao funcionalismo.. Então nada
mais são, na mais justo, nada mais correto do que a luta do funcionalismo para
não perder.
Temos hoje à tarde dois Projetos
do Executivo a examinar: o que encaminha a reposição da inflação parcial – o
que é inaceitável;o outro visa extinguir, ou melhor, incorpora o DEP ao DMAE.
Quero dizer que o Executivo, a Administração não administra a Cidade sem a
concorrência da Câmara Municipal de Porto Alegre. Não temos dívidas, não vamos
aprovar a reposição parcial. Entendemos que reposição, que já é lei, tem que
ser dada integralmente. Não podemos concordar que se barganhe, que ser negocie,
vejam bem, a reposição inflacionária. Não é o aumento. Poderíamos negociar um
aumento ou uma reformulação salarial, mas a perda substancial dos salários não
podemos negociar, não podemos negociar essa perda que é enxurrada inflacionária
leva a cada e cada dia. Isso é inegociável.
Mas vejam que estamos, agora,
examinando um Projeto que visa o pagamento quinzenal. É justo esse Projeto? Sim
, é justo, na medida em que a inflação é diária. Estamos atravessando uma
inflação de 2% ao dia. É, realmente, um saque ao poder aquisitivo do
funcionalismo e dos trabalhadores. Então, repor-se quinzenalmente, é válido.
Mas, parece-me, que isso pode ser discutido numa negociação alta, quando temos
dois Projetos do Executivo a enfrentar: um que extingue o DEP, e outro que
trata de uma reposição na ordem de 75%.
Diante desse quadro, e antes de
votarmos, de rejeitarmos esse Veto, podemos fazer uma negociação com referência
a esse Projeto. Agora, o que não podemos, Sr. Presidente e SRs. Vereadores,
é abrir mãos da reposição integral da
inflação, e veja que está se dá mensalmente, não é diária, porque o correto, o
verdadeiro, seria uma reposição diária, e todos nós estamos aí habituados a
entrar no supermercado, entrar na loja, a ir no açougue, etc..., os preços
modificam diariamente, é diariamente que a maquineta do supermercado reajusta o
preço do arroz, feijão, etc..., e não se dá isso com os salários. E mesmo
pretendendo ao mês o reajuste,a reposição no mês, nós ainda estamos encontrando
resistência de parte da Administração, o que se nos afigura insustentável.
Portanto, ao encaminhar favoravelmente a derrubada do presente Veto que
estabelecer ao pagamento quinzenal, o que é justo, estamos diante, logo à
frente da análise de dois Projetos, o que propõe reposição salarial que é
inflacionária mensalmente num percentual de 75% e a extinção do DEP, e
automaticamente a incorporação ao DMAE, me parece que isto aí pode ser negociado.
Então, fica aqui, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, a nossa manifestação, não de apelo e aqui já sustentou o Ver. Isaac
Ainhorn de boa política de parte do Executivo em retirar imediatamente pelo
menos um dos Projetos que trata do salário do funcionalismo e imediatamente
pagar a reposição, e aí está a questão ligada ao presente Projeto quinzenal,
podemos sentar à Mesa, as Lideranças, as Bancadas,
a Câmara pode sentar à Mesa e fazer uma discussão,
porque aí não se trata de barganhar a inflação, nós não podemos barganhar a
inflação., nós não podemos pechinchar com
a inflação,porque perdida ela não se recompõe. Então, é negociável sob qualquer
aspecto e tem que se dar a reposição total da inflação a partir desse mês.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A palavra com,
o Ver. Antonio Hohlfeldt.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, Srs. Funcionários públicos municipais e, muito
especialmente todos os companheiros que atuaram comigo na SMT, seria muito
fácil manter a boca calada, dar o meu voto, que é secreto, me poupar de alguns
desgaste, não entrar nessa discussão, quem sabe lá dizer para alguns que votava
assim e votar de outra maneira, como é tão comum. Mas, ao longo de 7 anos,
nesta Casa 6 em que representei sozinho
o Partido dos Trabalhadores, na oposição, jamais fugi de uma posição e,
inclusive, tive a dura experiência de, em 1988, após as eleições, ser vaiado
por alguns funcionários que defendiam alguns interesses, quando eu alertava que
a aprovação do que se chamava, então, plano de carreira, era impagável e
geraria situações realmente de calamidade na Prefeitura Municipal de Porto
Alegre. Dentro dessa perspectiva acho,a te, que a Administração, no ano
passado, conseguiu levar o barco com imensa dificuldades, havia uma previsão
inicial de não se pagar a folha em maio, depois se atrasou para agosto
setembro, acabou passando para novembro e, em dezembro, enfrentamos a primeira
greve problema. A Câmara de Porto Alegre teve uma participação objetiva na tentativa
de encaminhamento de solução, deu um voto de confiança á Administração Pública
quando, no final do ano passado, aprovou uma reforma tributária, senão no seu
todo, pelo menos num percentual que eu diria, guardadas as proporções da
Bancada de situação, que é absolutamente minoritária nesta Casa, foi, realmente
um voto de confiança, sob todos os aspectos à Administração. Aprovamos todos os
Projetos, embora alguns deles com algumas modificações bastante significativas
e outros, praticamente na sua forma original. Portanto a Administração tem que
dar uma resposta a esta Casa e também a seus funcionários. Já disse em outras
ocasiões e não tenho porque deixar de repetir hoje, que não adianta nada a
Administração pretender aplicar na Cidade. Esta angustia todo o Administrador
tem e eu tenho certeza de que o Ver. João Dib tinha esta angustia quando
Prefeito, deve ter tido o prefeito
Collares e, certamente, tem o Prefeito Olívio Dutra. Cada um com critérios de
que sejam as obras públicas, uns enfatizando uns aspectos, outros enfatizando
outros aspectos, mas todo querendo deixara
sua marca as tender aquela demanda
que a população apresenta, , mas de nada adianta fazermos
estes investimentos se não tivermos a máquina da Prefeitura funcionando. E
assim como eu dizia por diversas vezes junto com Vereadores como o Ver. Lauro
Hagemann, que está aqui, ainda, na Casa, com a Verª Jussara Cony, hoje
Deputada, Ver. caio Lustosa, Ver. Flávio Koulon,
que intermediamos tantos movimentos, tantas reivindicações dos Srs. Funcionários.
Já junto ao Prefeito João Dib e depois junto ao Prefeito Collares, acho que não
adianta resolvermos lá fora os problemas se não conseguimos resolver os
problemas dentro de Casa. Foi neste sentido e porque eu tinha um compromisso de
palavras, de responsabilidade como um dos Vereadores da situação que negociou a
reforma tributária com o Srs. Vereadores de Oposição especialmente conversei
inúmeras vezes com o Vereadores do PDS, tinha um compromisso com o Ver. Leão de
Medeiros em relação ao projeto anterior. Votei favorável a ele e, por
coerência, deveria votar favorável mais uma vez e portanto, contra o Veto, o
que o fiz com absoluta tranqüilidade, com absoluto respeito em relação a
posição da Administração e o fia evidentemente
porque acho que no mínimo, o pagamento
mensal é uma necessidade, neste momento, de todo o funcionalismo. Neste sentido
eu gostaria de fazer um registro, que vale para nós como vale para a imensa
maioria dos municípios destes País, 1.400 e poucos
municípios de dimensões significativas. Não estamos fazendo uma coisa ás
avessa. Enquanto o Governo Federal mantém a atualização salarial de dois em
dois meses, enquanto o Governo do Estado. E é pena que não vejo o Ver. Clóvis
Brum aqui, que disse ser líder da situação há poucos minutos e agora não está
aqui para ouvir isso. Enquanto o Ver. Clóvis Brum se preocupa com a nossa
Bancada de situação, o Governo do Estado, que é do PMDB, mantém a atualização
bimestral, de dois em dois meses, e estamos cobrando, acho que cobrando
corretamente, a atualização mensal. Apenas quero gizar essa cobrança que é de
justiça, não apenas a Prefeitura de Porto Alegre, mas queria estender a boa
parte do municípios brasileiros, mesmo enfrentando uma situação pré-falimentar,
mesmo enfrentando uma falsa reforma tributária que a Constituinte berrou e
alardeou, mas não fez porque se criou pequenos transportes de impostos ou
percentuais, de fato criou muito mais ônus na área da educação, na área da
saúde, na área da polícia, na área de segurança de um modo geral com a municipalização,
esse termo que encobriu repasses do que era do nível federal, do nível estadual
para o nível municipal o que superam de muito os valores, os percentuais
daquilo que evidentemente os municípios ganharam em pequenas passagens, talvez
se comece a melhorar essa situação com este Projeto recém votado dos repasses
do IMCs que deve ser semanalmente, mas de qualquer maneira, vejam os Senhores,
não quero tratar do assunto apenas Porto Alegre, estamos cobrando, estamos
fazendo uma recuperação mais do que justa dos municípios, a partir de que menos
autonomia tem na possibilidade de recuperar e de sobreviver.
O Sr. Leão de Medeiros: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Hohlfeldt, no momento em que
V. Exª divulga publicamente a sua declaração de voto ao Veto do projeto mensal
e divulga com toda a sua força que foi a favor do Projeto original fazendo
referência expressa a um fato absolutamente verdadeiro, no meu modesto sentir,
V. Exª honra o mandato que tem e honra também esta Casa.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT:
Obrigado, Vereador. Acho que o meu partido mesmo se nós eventualmente, hoje
neste caso específico, tivermos um divergência
com a Administração, e acho que o próprio Prefeito entende muito claramente
essa posição, porque a tínhamos deixado muito clara quando da negociação. E
temos um posição muito clara em torno desse assunto. Mas vejam os senhores
funcionários, meus companheiros de bancada: acho que é importante termos esta
reflexão e procuramos os contextualizar a situação de Porto Alegre num panorama
do Rio Grande do Sul, num panorama brasileiro, porque tenho certeza, e conheço
bastante o companheiro Olívio Dutra há pelo menos dez anos convivo com o Olívio , lado a lado
desde antes de fundação do PT, foi pela mão do
Olívio, praticamente, que entrei para o Partido dos Trabalhadores. Sei que deve
ter sido muito difícil para ele tomar estas posições. E sei também, igualmente e ao
contrário do que pretende projetar o Sr. Isaac Ainhorn, acho que é exatamente o
contrário, quando já se coloca a questão da possibilidade do pagamento mensal
para abril, tão logo se consegue equilibrar a Receita, o que está colocando com
muita clareza e talvez o que tenha faltado a Administração – e digo isso não a
nível de crítica, a\ms de um comentário muito tranqüilo,
muito respeitoso. É talvez o maior avança, maior
flexibilidade de uma discussão política dessas questões que estão muito ligadas
umas às outras.
Eu entendo, por exemplo que, sem
dúvida nenhuma, o Pacote Tributário deverá gerara efeitos,
agora, todos os Vereadores sabem e todos os funcionários sabem que o Pacote
Tributário não faz milagres. Não é em janeiro que ele vai gerar receita
imediata, ou seja, nós continuamos tendo problemas, no primeiro mês em que
sabidamente o grosso da população na ao faz o
pagamento do seu imposto ou faz de maneira parcial nos últimos dias, em que,
portanto, nós teremos ainda este problema. Acho que este dado é irretorquível,
acho que este dado é muito objetivo e acho que este dado em outro lado explica
o porquê dos Ventos:
O Sr. Adroaldo Corrêa: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Antonio Hohlfeldt, estou
inscrito e com a condescendência da Mesa, consultando os demais inscritos,
gostaria de ceder-lhe a minha inscrição.
O SR. PRESIDENTE: Os próximos
oradores inscritos é o Ver. Dilamar Machado, Ver. João Motta, e Adroaldo
Corrêa, que cede o tempo a V. Exª. V.Exª tem mais dez minutos.
O Sr. Luiz Braz: V. Exª permite
um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Hohlfeldt, V. Exª diz que no mês de
janeiro o Pacote Tributário ainda não consegue surtir aqueles efeitos que todos
nós quando votamos esperamos que possa a Administração ter mais recursos para
pagar o funcionalismo e para fazer obras. Mas já existe agora no mês de janeiro
alguns reflexos do pacote tributário que nós votamos no final do ano passado
como, por exemplo, a questão do ISSQN,
quando aumentamos a alíquota de 4 para 5%, nós estávamos dando um aumento no
ISSQN de 25%.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Se há
realmente uma aumento percentual, ele não
chega a cobri a despesa já assumida pelo governo municipal em relação a
empréstimos bancários que de curtíssimo prazo devem ser pagos em janeiro. Quero
dizer que não concordo com os números que estão no quadro apresentado vou
entrar na discussão na hora que entrar o projeto para discutir. Acho que os
números não correspondem à realidade ou não truncados. De qualquer maneira
ainda que a receita tenha crescido é bom
lembrarmos que a municipalidade fez empréstimo vultoso pagar o mês de
dezembro e assim mesmo com alguns atraso. Então, neste sento. Eu diria que no
mínimo, as coisas ficam zerada e significa fazer novo empréstimo, em janeiro
para poder pagar em fevereiro. Num certo momento acabaremos criando um círculo
vicioso que não permite resolver a situação. Acho que se poderia tentar
entender a proposta que a administração faz, no sentido de conter a tendência
de empréstimos bancários. Isto não pode ser feito às custa do funcionalismo.
Deve haver uma negociação a sério e há que se chegar a uma alternativa da do
tipo que está sendo proposta que, no mínimo,se apresente prazos, percentuais de
recuperação e devolução e condições desta devolução. Isto me aprece que é uma
questão básica de respeito ao funcionário. Disto não abro mão por questão de
coerência dentro do trabalho que tive nesta Casa ao longo destes anos.
O Sr. Dilamar Machado: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Gostaria de colaborar com V. Exª
na análise que faz, correta, das dificuldades que o Executivo que tem para
cumprir os seus deveres como funcionalismo, detectando uma falha que existe
atualmente na arrecadação do Município e que beneficia diretamente apenas uma
categoria. V. Exª não estava na Casa
quando aprovamos a criação do IVVC e houve uma longa discussão de quem pagaria
este imposto. Acabamos nós Vereadores, derrotados por uma decisão judicial, que
deu cobertura aos garagistas. No entanto, a Lei permite estes mesmo garagista
que recolham de nós, consumidores, este imposto é apenas um depósito nos cofres
públicos 45 dias depois. É evidente que, no processo inflacionário em que
vivemos, nesta ciranda financeira em que o over d´pa um resultado
diário de até 2,5%, na realidade, nós estamos pagando a quem esta ganhando com
isso é o garagista. Então, quero sugerir a V. Exª e ao Governo Municipal que
encaminhe para esta Casa um mecanismo que obrigue os garagistas a depositarem o
dinheiro arrecadado no máximo 7 dias, ms, se possível, em48 horas. Eu tenho a
certeza de que, com isto, a Prefeitura irá arrecadar bem mais do que arrecada atualmente.
Quando aprovamos o IVVC, o litro de gasolina custava 42 centavos em Porto
Alegre, um ano de pois custava 12 cruzados e alguns centavos.
O SR. ANTONIO HOHLFELDT: Ver.
Dilamar Machado, vindo esta colocação de V. Exª, na condição de Líder do PDT, eu
só posso acolhe-la. Acompanhei, de longe, o
episódio jurídico. Comprometo-me, embora não exerça nenhuma função de liderança
na Bancada, de encaminhar isto por
escrito ao Sr. Prefeito. Não sei se vemos
aumentar a arrecadação, mas
aumentaremos o poder de compra deste valor arrecadado, na medida em que ele
virá mais cedo. E quero dizer que, se isto depender de l,ei municipal, entendo,
ao colher o seu aparte, que se enviado na forma de Projeto de Lei do Município,
teria ao colhimento deste Plenário e, neste sentido, seria portanto um
encaminhamento que nós tentaríamos, para buscar este dinheiro mais rapidamente.
Quero deixar o meu agradecimento a uma colaboração que não é com a
Administração apenas, é com o Município e com o funcionalismo de um modo geral.
Portanto, Sr. Presidente e
Srs. Vereadores, dizia eu que tinha
um compromisso com o Ver. Leão de Medeiros, muito pessoal, no episódio daquele
projeto e tenho uma visão em relação aos dois projetos votados no sentido de
que, evidentemente, na realidade financeira
de hoje, precisamos encará-los com objetividade. O primeiro deles, o Veto já se
encontra derrubado, pagamento mensal: segundo, o adiantamento dos 40%. Acho que
por uma questão de coerência, é evidente, que precisamos encarar sito com
objetividade, já que a própria Câmara Municipal tem essa prática, e não vejo
porque se fazer diferença no tratamento do funcionário deste Legislativo, com
relação ao restante do Executivo. Entendo, no momento, e era siso que eu
queria colocar à discussão, independente da decisão final dos Srs. Vereadores,
que precisaríamos e esta
discussão deveria ser feita na medida do possível,s e houver
tempo, dar um prazo um pouco maior ao Executivo para poder colocar em prática
essa medida. Por exemplo, sei que temos um Veto, não podemos emendar projeto,
não sei como se poderia resolver, mas o próprio Ver. Elói lamentava aqui a
possibilidade de negociação, pois essa possibilidade queria manter em aberto,
lá sei eu, se deixássemos firmada uma posição, por exemplo, ao derrubar o veto,
ou adiar a votação, temos um prazo largo para a avaliação do veto, de que estivéssemos uma
discussão no sentido de que a municipalidade assumiria o compromisso, e dentro
de 2 ou 3 meses assumisse isso claramente, uma negociação de liderança, e
teríamos a partir de março, ou abril, quando a própria Prefeitura diz que
estaria equilibrada a sua receita e despesa, e não teria mais desculpas,
mantendo-se, evidentemente, a garantia do pagamento mensal, que me parece
encaminhado, a partir da derrubada do verto.. aCho que esse
tipo de conversa tem que ser feito, não ponho em discussão, até porque, por
incrível que pareça, o Ver,. Dib, já
registrava aqui, embora em outro tom, pela primeira vez, nós, Vereadores,
também tivemos nos nossos sala´rios no fim do ano passado.
E até com uma posição muito objetiva, muito séria, da Mesa, do Ver. Valdir Fraga,
não ouvi aquela discursseira politiqueira que poderia ter surgido; com o que os
33 Vereadores assimitam com muita
seriedade a crise, levaram a sério o problema, portanto, passamos pelo desafio.
Temos nesse sentido de discutirmos estas coisas e de estarmos lado a lado com
os funcionários, não apenas no sentido de para eles uma coisa, e para nós,
outra, mas porque nós também tivemos esse episódio, nesse momento, e acho que a
própria Câmara deverá enfrentar, por vezes, alguns problemas nesse sentido.
Então, Sr. Presidente e Srs. Vereadores, eu queria deixar clara, portanto, a
minha posição, porque não sou de ficar em cima do muro, não sou de me esconder
em relação a votos, mesmo quando secretos, e tenho uma clareza muito grande. Se
tenho absoluta lealdade dom o meu Partido
e para com meu Prefeito, tenho também, responsabilidade, em primeiro
lugar com o funcionalismo que faz a prefeitura funcionar e também em relação a
própria Cidade e a oposição que há seis ou sete anos venho defendendo nesta
Casa. Acho que esta coerência não colocamos fora de uma hora para a outra.
Então, tinha um compromisso firmado com o Ver. Leão de Medeiros dentro da
negociação do pacote tributário e tenho, no meu entendimento, uma possibilidade
de inclusive de antecedido pelo Ver.
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(Levanta-se
a Sessão às 12h20min.)
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